
Como falei no meu post sobre Lisboa, a primeira parada oficial da viagem foi Berlim. Chegamos na capital alemã bem tarde, perto da meia noite, e nos surpreendemos com a quantidade de restaurantes e bares abertos naquela hora (tome nota, Londres). Fomos direto para o hotel, que fica na região do Mitte, a mais antiga e mais central de Berlim, e onde se encontram a maior parte dos pontos turísticos. Esse hotel (o Sofitel Berlin Gendarmenmarkt), na minha modesta opinião, foi o melhor que ficamos na viagem.



O hotel ficava bem de frente para a Gendarmenmarkt, uma praça que reúne a Catedral Francesa, a Catedral Alemã, a Konzerthaus – ou Casa de Concerto - e também cafés e restaurantes a céu aberto. São prédios centenários que foram bastante danificados por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial e restaurados entre as décadas de 1970 e 1980.

Depois de explorarmos a Gendarmenmarkt, seguimos em direção a um dos símbolos maiores de Berlim: o Portão de Brandenburgo. No caminho, passamos pela famosa Universidade Humboldt, fundada no início do século XIX, que abrigou diversos discentes famosos como Otto Von Bismarck, Friedrich Engels, Karl Marx, Albert Einstein, a atual presidente do Chile, Michelle Bachelet, e vários cientistas ganhadores do Prêmio Nobel.

O portão foi encomendado pelo Rei Frederico Guilherme II da Prússia em 1788 como um marco de paz. Ele fazia parte da estrutura que cercava a cidade na época e marcava o início da estrada que ligava Berlim até Brandenburg an der Havel, daí o nome. Chegando e vendo a sua imponência e beleza, é difícil de imaginar que até 15 anos atrás ele ainda estava totalmente danificado pela Segunda Guerra e que havia ficado inacessível até 1989, pois o muro que separava as partes ocidental e oriental passava logo ao seu lado.
Perto do portão fica uma das paradas do City Tour para o qual havíamos reservado tickets. Essa é uma boa ideia para quem quer ver os principais pontos da cidade sem ter que ficar pegando transporte público. Esse ônibus era do tipo "hop on hop off", ou seja, pudemos pega-lo e sair em vários locais durante o tempo da reserva. Demos uma volta completa e depois de descermos novamente no Portão de Brandenburgo, seguimos para o Memorial do Holocausto.


O Memorial do Holocausto se parece com um enorme cemitério. Pilares assimétricos de concreto em um terreno ondular passam uma sensação de desconforto e tensão, que foi o objetivo do arquiteto. O espaço celebra apenas as vítimas de origem judaica, mas existem memoriais menores para as vítimas homossexuais e de origem roma e sinti (ciganos).


De lá, partimos em direção à Potsdamer Platz, uma importante quadra de intersecção de Berlim, onde se encontram alguns pedaços do muro que dividiu a cidade durante a Guerra Fria. Perto de lá fica o moderno Sony Centre, um prédio gigantesco inspirado no Monte Fuji e que destoa do aspecto antigo da cidade. Lá também tem uma grande área de lazer com restaurantes, onde experimentamos pratos tradicionais alemães, como o joelho de porco e o schnitzel.

Depois de almoçarmos, fomos visitar uma exposição sobre a Segunda Guerra, A Topografia do Terror. Esta mostra se encontra no terreno onde ficava o quartel da Gestapo, a polícia secreta Nazista, e da SS, a tropa de proteção. Lá se mantem uma parte do muro bastante danificada. Na exposição, pudemos acompanhar a ascensão e a queda do regime nazista, assim como ver detalhes de quem eram e o que aconteceu com as vítimas deste através de fotos, documentos e testemunhos. Não é para os de estômago fraco.

Muito próximo dali fica o Checkpoint Charlie, conhecido como o local de travessia das Berlins ocidental e oriental. Era guardada por soldados americanos, que faziam a segurança. Hoje é um museu a céu aberto, onde ainda ficam pessoas vestidas de soldados para quem quiser tirar fotos. No prédio ao lado fica o Mauermuseum, um museu que documenta a Guerra Fria em Berlim.



Já no final do dia fomos visitar o domo do Reichstag, o parlamento alemão. Lá de cima se tem uma vista incrível da cidade e ainda fomos agraciados com um belíssimo pôr do sol.
Foi um dia bem longo e quente, mas que fez eu me apaixonar pela cidade. No próximo post, tem castelo e visita à famosa East Side Gallery, o trecho mais longo do muro que ainda sobrevive. Espero que estejam gostando de acompanhar um pouco dessa viagem!
Tenho que confessar que não imaginava que tinha tanta coisa pra ver em Berlim (*dumb*). Nunca foi um lugar que eu tinha vontade de conhecer, mas esse post me deu vontade :D As fotos tão lindas ^^
ResponderExcluirBerlim é incrível, eu certamente quero voltar lá um dia! Obrigada pelo elogio <3
ExcluirConcordo com o comentário de cima. Sempre achei a Alemanha um lugar bem hostil (não me pergunte o porquê, rs), mas as suas fotos ficaram incríveis! E acho que você consegui captar cada atmosfera que esses lugares em Berlim transmitem. Adorei! *-*
ResponderExcluirOlha, os alemães não são dos mais simpáticos, mas são melhores que o franceses na minha opinião. Mas independentemente da população, os lugares que visitei lá são muito bonitos e valem a pena conhecer!
ExcluirObrigada, fico feliz que tenham gostado das fotos!
Beijos
Oi Carolina, tudo bem?
ResponderExcluirNossa, deve ter sido um sonho, que lugar maravilhoso. Tenho muita vontade de conhecer a Alemanha, e sempre que vejo algum post de alguém a vontade só aumenta.
abraços,
Amanda Almeida
http://blog.amanda-almeida.com.br/
Olá Amanada, tudo ótimo, e contigo?
ExcluirFoi realmente incrível, que bom que gostou do post! Espero que continues acompanhando!
<3